Não é de hoje que a Receita Federal do Brasil – RFB e as Secretarias de Fazenda dos Estados vêm dando sinais aos contribuintes do poderio das ferramentas obtidas nos robustos avanços da tecnologia da informação destinados ao controle e monitoramento de suas operações econômicas e financeiras no desenvolvimento de seus negócios. Uma eficiente equipe que compõe os serviços de inteligência desses órgãos busca inibir a sonegação e a inadimplência dos impostos e contribuições.

 

Um supercomputador montado nos EUA e que leva o nome do devastador e extinto Tiranossauro Rex, conhecido pela sigla T-Rex, opera dia e noite em algum lugar nas dependências da RFB, utilizando um sistema aplicativo específico desenvolvido pelos engenheiros do ITA e da UNICAMP, denominado Harpia, um gavião brasileiro capaz de enxergar e capturar sua presa a quilômetros de distância.

 

            Além disso, fechando o cerco aos contribuintes, seja pessoa jurídica ou física, o Banco Central do Brasil implantou e já opera em tempo real o HAL, outro supercomputador destinado a monitorar online as contas bancárias e suas transações, utilizando a inteligência artificial como sustentáculo de seus sistemas aplicativos. Medi-se o seu poderio ao atualizar todas as contas bancárias das 182 instituições financeiras do País, controlando cada correntista pelos os respectivos CPF’s e CNPJ’s e as operações realizadas por conta.

           

Os novos sistemas ainda não operam por inteiro, mas poderão a qualquer momento permitir com folga a combinação e análise de informações no cruzamento com rapidez e precisão de todos os contribuintes, identificando operações de baixo e alto risco ao Fisco. Irão integrar e sistematizar as bases de dados da RFB e informações recebidas das Secretarias Estaduais de Fazenda, Instituições Financeiras, Administradoras de Cartões, Cartórios, Capitanias dos Portos e Detrans, entre outros.

 

Todavia, um longo período de incompetência dos órgãos de arrecadação em fiscalizar, monitorar e cobrar os impostos e contribuições geradas pelas pessoas físicas e jurídicas, perdidos e incentivados pela burocracia, conduzia os contribuintes a uma segurança que dificilmente seriam importunados diante de seus desatinos tributários, como a sonegação de impostos, caixa dois, fraudes e lavagem de dinheiro.

 

Isso é coisa do passado, o volume de informações arquivadas em seus computadores o possibilita em um simples apertar de teclas cobrar dos contribuintes o que lhe é devido. No automático não distinguem os bons dos maus, amadores dos sonegadores contumazes e corruptos. Os contribuintes cientes dessa realidade deverão desfazer essa vantagem do Fisco, revisando os seus processos de gerenciamento fiscal, contábil e bancário. Não há lugar para amadorismo nas questões que envolvem a proteção do patrimônio das empresas e das pessoas físicas.

 

Célio Faria de Paula – Contador – CRCMG 18754.

Diretor e fundador da Tecol Consultoria Empresarial

Fone  3215.6631.